A história de um bago de uva começou num dia de chuva do mês de Maio, na quinta do senhor António.
Esta quinta fica no Douro e foi ali que, nesse dia chuvoso, ele nasceu, num cacho de uvas diferente de todos os outros.
Quando o senhor António reparou naquele cacho, ficou extasiado: o cacho tinha acabado de se formar e já era uma obra de arte!
Do alto da parreira, observava a vida do senhor António, os animais da quinta e as belas paisagens à volta. Tremia de medo sempre que alguém passava e olhava para ele. Pensava logo:
- É desta que vou ser comido!...
Mas inúmeras situações destas passaram e ele ficava muito contente por continuar na parreira.
A partir de então a visita ao cacho tornou-se diária para o senhor António, que acreditava que ele teria um futuro risonho.
Com cerca de quarenta centímetros de comprimento e bagos do tamanho de bolas de pingue-pongue, o cacho deslumbrava todos aqueles que, por cada vez maior curiosidade, o vinham conhecer.
E tanto cresceu que se tornou numa espécie única em todo o mundo: como se não bastasse o seu tamanho grandioso, o cacho era diferente de todos os outros porque os seus bagos não eram iguais e tinham cores e sabores diferentes – uns eram tintos e sabiam a framboesa, outros eram brancos com sabor a melão!
Continua…
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